Natural do Recife, candidato à presidência pelo PSB era filho da
deputada Ana Arraes e do escritor Maximiano Campos e neto do
ex-governador Miguel Arraes, que foi prefeito do Recife, deputado
estadual, deputado federal e por três vezes governador de PE.
Eduardo Campos em entrevista nesta terça-feira, no Rio de Janeiro
Eduardo
Campos começou a militância política ainda na universidade, como
presidente do diretório acadêmico da faculdade de economia. Em 1986,
trocou a possibilidade de um mestrado nos EUA pela participação na
campanha que elegeu para o governo de Pernambuco seu avô, Miguel Arraes,
que em 1979 retornara ao Brasil depois de 15 anos de exílio.
Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos
Em 1990,
ingressou no Partido Socialista Brasileiro (PSB) e foi eleito deputado
estadual. Dois anos depois disputou a prefeitura do Recife, mas sofreu
uma derrota esmagadora, ficando em quinto lugar. Chegou à Câmara dos
Deputados em 1994, mas ficou à disposição do governo de Pernambuco.
Exerceu o cargo de secretário estadual da Fazenda entre 1995 e 1998.
Nessa época foi acusado de emissão fraudulenta de títulos públicos do
estado de Pernambuco para pagamento de precatórios pendentes. O caso
ficou conhecido como Escândalo dos Precatórios. O Supremo Tribunal
Federal rejeitou a denúncia em 2003 e Eduardo Campos foi inocentado da
acusação de crime contra o Sistema Financeiro Nacional pela Justiça.
Campos foi
deputado federal três vezes (1994, 1998 e 2002). Em 1998 foi o deputado
mais votado do estado (173.657 votos). No exercício do terceiro
mandato, destacou-se como articulador do governo Lula nas reformas
tributária e da Previdência e figurou, por três anos consecutivos, na
lista do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar)
como um dos cem parlamentares mais influentes do Congresso.
Em 2003,
tomou posse como ministro de Ciência e Tecnologia, no primeiro mandato
do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2005, assumiu a
presidência nacional do PSB. Em 2006, lançou sua candidatura ao governo
de Pernambuco e foi eleito com 65% dos votos. Em 2010, disputou a
reeleição e obteve a vitória no primeiro turno com mais de 82% dos votos
válidos, a maior votação proporcional para governador no Brasil nessas
eleições.
Campos foi
aliado do governo nas duas gestões do ex-presidente Lula. Em 2013,
quando iniciou o projeto de concorrer à presidência, rompeu com o
Planalto e aos poucos assumiu postura de oposição. Surpreendeu o meio
político ao filiar a ex-senadora Marina Silva ao PSB e fazer com que ela
abrisse mão da corrida presidencial para ser vice em sua chapa.
Eduardo
Campos era casado com a economista e auditora do Tribunal de Contas do
Estado Renata Campos, com quem teve cinco filhos: Maria Eduarda, João
Henrique, Pedro Henrique, José Henrique e Miguel.
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