Roberto Amaral e Luiza Erundina, do PSB, saem do prédio após reunião com Marina Silva em São Paulo |
Depois de uma reunião com Marina, o coordenador da Rede
Sustentabilidade, Bazileu Margarido, confirmou que ela aceita disputar a
Presidência. 'Com o OK do PSB, ela está à disposição para ser a
candidata', disse Basileu. O PSB superou portanto as divergências
internas e selou acordo para lançar Marina Silva à Presidência da
República no lugar de Eduardo Campos. Ela concordou com a inversão da
chapa e deverá ser anunciada oficialmente na próxima quarta-feira (20).
O novo presidente do PSB, Roberto Amaral, era visto como último entrave
ao acerto. Sob forte pressão de correligionários, ele se convenceu a
apoiar Marina, que disputou o Planalto em 2010 pelo PV. O PSB agora
discutirá a indicação do novo vice na chapa presidencial. O deputado
gaúcho Beto Albuquerque, hoje candidato ao Senado, é o mais cotado para a
vaga.
'A candidatura de Marina contempla nosso projeto. Será uma solução de
continuidade. O PSB indicará o novo vice', disse Amaral à Folha de
S.Paulo.
Por respeito à memória de Campos, o anúncio oficial da nova chapa só
deverá ser feito três dias depois do enterro, programado para o domingo
(17), em reunião da executiva nacional do PSB.
A negociação se acelerou após Marina receber apoio público da família do
ex-governador de Pernambuco. Segundo aliados, ela se sentiu revigorada
ao conversar com a viúva Renata Campos, que a incentivou a concorrer.
Ex-ministro da Ciência e Tecnologia no governo Lula e considerado
próximo ao PT, Roberto Amaral visitou Marina na tarde desta sexta (15).
Com seu aval, começou a consultar os governadores do PSB sobre a
inversão da chapa.
Ele quer dar caráter coletivo à decisão e agora buscará entendimento
sobre o vice até a reunião da executiva. 'Vou fazer um trabalho de
afunilamento. O ideal é chegar com dois nomes. Ou um', disse.
Além de Albuquerque, que se aproximou de Marina desde que ela aderiu à
candidatura de Campos, são vistos como alternativas o deputado Júlio
Delgado (PSB-MG), o ex-deputado Maurício Rands (PSB-PE) e Fernando
Bezerra Coelho (PSB-PE), ex-ministro da Integração Nacional no governo
Dilma Rousseff.
Do blog do Magno Martins
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