As usinas nucleares japonesas atingidos pelo terremoto e tsunami deixaram o mundo em suspense. Os alarmistas falam num iminente desastre nucelar de grandes proporções capaz de afetar todo o planeta. Os mais moderados asseguram que o problema esta prestes a ficar sob controle e tem modesto alcance local. Muitos, nem os japoneses, acreditam na honestidade das informações do governo do Japão. Sabe-se que uma equipe de 50 heróicos engenheiros estão voluntariamente isolados no local, lutando contra o tempo, expostos a níveis radiativos, que não querem, espalhem-se pelo resto do país.
Foto: Reuters
Imagem aérea mostra os danos no reator nº 4 na usina de nuclear de kushima Daiichi, Japão a
Imagem aérea mostra os danos no reator nº 4 na usina de nuclear de kushima Daiichi, Japão a
Postado por BLOG JUNIOR ALBUQUERQUE
Fontes: BBC Brasil, BBC Brasil , Reuters, I Online
Após uma terceira explosão em um de seus reatores nucleares, a usina de Fukushima Daiichi, 250 km a noroeste de Tóquio, no Japão, começou a deixar escapar radiação em níveis que se aproximam do preocupante, alertaram nesta terça-feira as autoridades japonesas.
O governo japonês afirmou que os níveis de radiação após as explosões na usina de Fukushima podem afetar a saúde humana. Moradores que vivem em um raio de 30 km da usina foram aconselhados a deixar suas residências ou permanecer em casa a portas fechadas para evitar exposição.
Em Tóquio, os níveis estariam acima do normal, mas sem apresentar riscos à saúde. Na segunda-feira, as autoridades em Fukushima haviam informado que 190 pessoas foram expostas a radiação e um navio militar americano, o porta-aviões USS Ronald Reagan, havia detectado baixos níveis de radiação a uma distância de 160 km da usina de Fukushima.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) descreveu o vazamento como um evento de nível quatro em uma escala internacional que tem como pico máximo, oito. O que significa que trata-se de um incidente "com consequências locais".
As informações são de que houve vazamento de isótopos de césio e iodo nas redondezas da usina. Especialistas dizem que seria natural haver também um escape de isótopos de nitrogênio e argônio. Mas não há evidências de que tenham escapado plutônio ou urânio.
Em um primeiro momento, a exposição a níveis moderados de radiação pode resultar em náusea, vômito, diarréia, dor de cabeça e febre. Em altos níveis, essa exposição pode incluir também danos possivelmente fatais aos órgãos internos do corpo.
Fontes: BBC Brasil, BBC Brasil , Reuters, I Online
Após uma terceira explosão em um de seus reatores nucleares, a usina de Fukushima Daiichi, 250 km a noroeste de Tóquio, no Japão, começou a deixar escapar radiação em níveis que se aproximam do preocupante, alertaram nesta terça-feira as autoridades japonesas.
O governo japonês afirmou que os níveis de radiação após as explosões na usina de Fukushima podem afetar a saúde humana. Moradores que vivem em um raio de 30 km da usina foram aconselhados a deixar suas residências ou permanecer em casa a portas fechadas para evitar exposição.
Em Tóquio, os níveis estariam acima do normal, mas sem apresentar riscos à saúde. Na segunda-feira, as autoridades em Fukushima haviam informado que 190 pessoas foram expostas a radiação e um navio militar americano, o porta-aviões USS Ronald Reagan, havia detectado baixos níveis de radiação a uma distância de 160 km da usina de Fukushima.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) descreveu o vazamento como um evento de nível quatro em uma escala internacional que tem como pico máximo, oito. O que significa que trata-se de um incidente "com consequências locais".
As informações são de que houve vazamento de isótopos de césio e iodo nas redondezas da usina. Especialistas dizem que seria natural haver também um escape de isótopos de nitrogênio e argônio. Mas não há evidências de que tenham escapado plutônio ou urânio.
Em um primeiro momento, a exposição a níveis moderados de radiação pode resultar em náusea, vômito, diarréia, dor de cabeça e febre. Em altos níveis, essa exposição pode incluir também danos possivelmente fatais aos órgãos internos do corpo.
Foto: Associated Press
As crianças são mais vulneráveis em casos de exposição nuclear. Num centro de evacuados de Fukushima, Japão, técnico examina níveis de radiação num bebê.
As crianças são mais vulneráveis em casos de exposição nuclear. Num centro de evacuados de Fukushima, Japão, técnico examina níveis de radiação num bebê.
No longo prazo, o maior risco do iodo radioativo é o câncer, e as crianças são potencialmente mais vulneráveis. A explicação para isso é que, nas crianças, as células estão se multiplicando e reproduzindo mais rapidamente os efeitos da radiação. O desastre de Chernobyl, em 1986, resultou em um aumento de casos de câncer de tireóide (região em que o iodo radioativo absorvido pelo corpo tende a se concentrar) na população infantil da vizinhança da usina.
É possível prevenir o problema com pastilhas de iodo não-radioativo, porque o corpo não absorve iodo da atmosfera se já estiver "satisfeito" com todo o iodo de que necessita. Especialistas dizem que a dieta dos japoneses já é rica em iodo, o que ajuda na prevenção. Césio, urânio e plutônio radioativos são prejudiciais, mas não atacam nenhum órgão do corpo em particular. O nitrogênio radioativo se dissipa em segundos após a sua liberação, e o argônio não apresenta riscos para a saúde.
A usina de Fukushima teve problemas com o sistema de resfriamento de seus reatores, que superaqueceram. A produção de vapor gerou um acúmulo de pressão dentro do reator e a consequente liberação de pequenas quantidades de vapor.
Para especialistas, a presença de vapores de césio e iodo – que resultam do processo de fissão nuclear – sugere que o invólucro de metal que guarda alguns dos bastões de combustível pode ter se quebrado ou fundido. Mas o combustível de urânio em si tem um altíssimo ponto de fusão e é improvável que tenha se liquefeito, e ainda mais improvável que tenha se convertido em vapor.
Como plano de contingência, os técnicos estão usando água do mar para resfriar os reatores.
O iodo radioativo se dissipa rapidamente e a estimativa é de que a maior parte terá se dissipado em um mês. O césio radioativo não permanece no corpo por muito tempo – a maior parte terá saído em um ano. Entretanto, a substância fica no ambiente e pode continuar a representar um risco por muitos anos.
Especialistas dizem que essa possibilidade é improvável. As explosões ocorreram do lado de fora do compartimento de aço e concreto que envolve os reatores, que aparentemente permanecem sólidos. Foram danificados apenas o teto e os muros erigidos ao redor dos compartimentos de proteção. No caso de Chernobyl, a explosão expôs o núcleo do reator ao ar. Por vários dias, seguiu-se um incêndio que lançou na atmosfera nuvens de fumaça carregadas de conteúdo radioativo.
Especialistas esclarecem que não pode haver uma explosão nuclear em nenhuma hipótese. Uma bomba nuclear e um reator nuclear são coisas completamente diferentes.
É possível prevenir o problema com pastilhas de iodo não-radioativo, porque o corpo não absorve iodo da atmosfera se já estiver "satisfeito" com todo o iodo de que necessita. Especialistas dizem que a dieta dos japoneses já é rica em iodo, o que ajuda na prevenção. Césio, urânio e plutônio radioativos são prejudiciais, mas não atacam nenhum órgão do corpo em particular. O nitrogênio radioativo se dissipa em segundos após a sua liberação, e o argônio não apresenta riscos para a saúde.
A usina de Fukushima teve problemas com o sistema de resfriamento de seus reatores, que superaqueceram. A produção de vapor gerou um acúmulo de pressão dentro do reator e a consequente liberação de pequenas quantidades de vapor.
Para especialistas, a presença de vapores de césio e iodo – que resultam do processo de fissão nuclear – sugere que o invólucro de metal que guarda alguns dos bastões de combustível pode ter se quebrado ou fundido. Mas o combustível de urânio em si tem um altíssimo ponto de fusão e é improvável que tenha se liquefeito, e ainda mais improvável que tenha se convertido em vapor.
Como plano de contingência, os técnicos estão usando água do mar para resfriar os reatores.
O iodo radioativo se dissipa rapidamente e a estimativa é de que a maior parte terá se dissipado em um mês. O césio radioativo não permanece no corpo por muito tempo – a maior parte terá saído em um ano. Entretanto, a substância fica no ambiente e pode continuar a representar um risco por muitos anos.
Especialistas dizem que essa possibilidade é improvável. As explosões ocorreram do lado de fora do compartimento de aço e concreto que envolve os reatores, que aparentemente permanecem sólidos. Foram danificados apenas o teto e os muros erigidos ao redor dos compartimentos de proteção. No caso de Chernobyl, a explosão expôs o núcleo do reator ao ar. Por vários dias, seguiu-se um incêndio que lançou na atmosfera nuvens de fumaça carregadas de conteúdo radioativo.
Especialistas esclarecem que não pode haver uma explosão nuclear em nenhuma hipótese. Uma bomba nuclear e um reator nuclear são coisas completamente diferentes.
Foto: Reuters
Helicópteros militares lançam água para tentar resfriar reator da usina Fukushima Daiichi, Japão
Helicópteros militares lançam água para tentar resfriar reator da usina Fukushima Daiichi, Japão
Como boa notícia a Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA) disse nesta quinta-feira, que engenheiros instalaram um cabo de força externo no reator número 2 da usina de Fukushima Daiichi, o que permitiria a reativação do sistema de resfriamento da usina.
De acordo com a empresa que opera a usina, a Tokyo Electric Power (Tepco), o reator número 2 preocupa porque ele fica em um edifício que permanece com o teto intacto. Por isso, não pode ser resfriado por água jogada de helicópteros.
Nesta quinta-feira, toneladas de água foram despejadas nos reatores 3 e 4 por helicópteros e caminhões-pipa.
O objetivo da operação é impedir o derretimento das barras de combustível nuclear armazenadas no reservatório. Se danificadas, elas podem liberar muita radioatividade na atmosfera.
A agência de notícias japonesa Kyodo Newsdisse que as tentativas de jogar água no reservatório de combustível do reator 3 de Daiichi foram bem sucedidas.
A Tepco informou que o vapor que subiu do edifício do reator sugere que a operação conseguiu estabilizar a temperatura do reservatório, que estava aquecendo rapidamente. Embora não houvesse ainda sido observado decréscimos imediatos nos níveis de radiação da usina.
De acordo com a empresa que opera a usina, a Tokyo Electric Power (Tepco), o reator número 2 preocupa porque ele fica em um edifício que permanece com o teto intacto. Por isso, não pode ser resfriado por água jogada de helicópteros.
Nesta quinta-feira, toneladas de água foram despejadas nos reatores 3 e 4 por helicópteros e caminhões-pipa.
O objetivo da operação é impedir o derretimento das barras de combustível nuclear armazenadas no reservatório. Se danificadas, elas podem liberar muita radioatividade na atmosfera.
A agência de notícias japonesa Kyodo Newsdisse que as tentativas de jogar água no reservatório de combustível do reator 3 de Daiichi foram bem sucedidas.
A Tepco informou que o vapor que subiu do edifício do reator sugere que a operação conseguiu estabilizar a temperatura do reservatório, que estava aquecendo rapidamente. Embora não houvesse ainda sido observado decréscimos imediatos nos níveis de radiação da usina.
Foto: Associated Press
Num ginasio em Koriyama, norte do Japão, técnico examina níveis de exposição radiativa, num dos abrigados
Num ginasio em Koriyama, norte do Japão, técnico examina níveis de exposição radiativa, num dos abrigados
Alarmados, países de todo o mundo cobram do governo japonês maiores explicações sobre a situação, enquanto realizam operações para a retirada de seus cidadãos e pessoal diplomático do país.
O governo japonês evacuou os moradores num raio de 20 km da usina nuclear Fukushima Daiichi e sugeriu aos moradores em um raio inferior a 30 km que permanecessem em suas casas.
No entanto, a embaixada dos Estados Unidos sugeriu aos norte-americanos que moram num raio de 80 km que evacuem a área como medida de prevenção.
A embaixada britânica advertiu aos seus nacionais para que deixem Tóquio e áreas mais ao norte, enquanto a Rússia anunciou a retirada de famílias de diplomatas da capital. A França pediu à Air France para disponibilizar mais aviões na rota Tóquio-Paris e, assim, facilitar a saída dos franceses da cidade.
Outras embaixadas transferiram seus funcionários para cidades mais a sudoeste do Japão. O governo da Áustria, por exemplo, transferiu suas atividades para Osaka. Muitas multinacionais seguiram o exemplo dos governos e também realocaram seus funcionários para outras áreas ou países asiáticos.
Com medo de um desastre nuclear, diversos japoneses começaram a deixar Tóquio e regiões adjacentes para se protegerem de uma possível nuvem de radiação.
O governo japonês evacuou os moradores num raio de 20 km da usina nuclear Fukushima Daiichi e sugeriu aos moradores em um raio inferior a 30 km que permanecessem em suas casas.
No entanto, a embaixada dos Estados Unidos sugeriu aos norte-americanos que moram num raio de 80 km que evacuem a área como medida de prevenção.
A embaixada britânica advertiu aos seus nacionais para que deixem Tóquio e áreas mais ao norte, enquanto a Rússia anunciou a retirada de famílias de diplomatas da capital. A França pediu à Air France para disponibilizar mais aviões na rota Tóquio-Paris e, assim, facilitar a saída dos franceses da cidade.
Outras embaixadas transferiram seus funcionários para cidades mais a sudoeste do Japão. O governo da Áustria, por exemplo, transferiu suas atividades para Osaka. Muitas multinacionais seguiram o exemplo dos governos e também realocaram seus funcionários para outras áreas ou países asiáticos.
Com medo de um desastre nuclear, diversos japoneses começaram a deixar Tóquio e regiões adjacentes para se protegerem de uma possível nuvem de radiação.
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