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terça-feira, 12 de abril de 2011

Procuradoria livra, novamente, a cara de Michel Temer


Pelo parecer do Procurador Geral da República o Supremo Tribunal Federal não vai poder mais continuar investigando o vice-presidente da República, sob acusação de receber propina de empresas que operavam no Porto de Santos. Não há provas suficientes contra Temer, e como não vão continuar investigando, vamos ficar eternamente na dúvida

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR 
A Presidenta Dilma Rousseff passa o cargo de Presidente da Republica para Michel Temer, ao deixar o Brasil, para uma viagem a Argentina, no fim de janeiro.



O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o arquivamento de um inquérito em que o vice-presidente da República, Michel Temer, foi apontado por ter recebido ilegalmente, quando era deputado federal, dinheiro de empresas que venceram licitação para operar na Companhia de Docas do Estado de São Paulo (Codesp).

A acusação contra Temer veio à tona em 2000, quando ele foi citado em um processo de separação do então presidente da Codesp Marcelo Azeredo e a ex-companheira. Ela tentava obter pensão provando que o ex-marido tinha negócios ilícitos e citava Temer como um dos beneficiários de recebimento de propina.

O procurador-geral da República da época, Geraldo Brindeiro, mandou arquivar o inquérito em 2002 por entender que não havia provas suficientes contra Temer.

Quatro anos mais tarde, a Polícia Federal (PF) abriu novo inquérito para apurar melhor o caso. Foi esse inquérito que chegou ao STF recentemente, sob relatoria do ministro Marco Aurélio, que enviou os autos para apreciação do procurador-geral.

Em seu parecer, Gurgel afirmou que as novas diligências da PF envolviam apenas Azeredo.

“As diligências realizadas enquanto a investigação tramitou perante a Polícia Federal não trouxeram novas provas dos fatos em apuração, que evidenciassem qualquer envolvimento de Michel Temer, não havendo, portanto, justa causa para a tramitação do presente inquérito”, afirmou o procurador-geral da República em seu parecer.

Ao opinar pelo descarte do inquérito contra o vice-presidente da República, Gurgel pediu que os autos sejam encaminhados novamente à Justiça Federal em Santos, onde tramita originariamente o inquérito contra Marcelo Azeredo.

O vice presidente, atualmente, na presidência da república, devido a viagem de Dilma Rousseff à China, parece confortável ao se achar fora do caso, embora vá sempre pairar uma nuvem carregada de culpa sobre a sua cabeça.

Fica porém, sempre a esperança, que com a continuação do inquérito contra presidente da Codesp Marcelo Azeredo, novas provas surjam, que o acusado vendo-se sozinho pagando o pato, comece a falar.

Por enquanto, Michel Temer, se junta ao grande contingente de políticos brasileiros, que portam o título de “inocente por falta de provas”, em outras palavras, alguns corrupto são competente o suficiente para não se deixarem alcançar pela lei. 

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