Acredito
também em santos, em homens capazes de captar a essência de Deus e tentar
repassá-las para os pobres mortais nesta vida terrena.
Os
nomes seriam muitos, mas para não tornar o artigo exaustivo vou citar apenas
alguns relevantes que me vêm à cabeça.
São
Francisco de Assis foi um desses santos. Um verdadeiro cristão, que abraçou os
pobres e lutou por um mundo melhor e mais justo.
Dentre
as mulheres, merecem ser citadas Joana Darc, em tempos mais distantes, e Irmã
Dulce e Madre Teresa de Calcutá. Elas, ao que me parecem, só praticaram o bem,
defenderam a causa justa, estiveram próximas de Deus durante todas suas vidas.
Na
Índia o Mahatma Gandhi, um líder político
e religioso, libertou um país gigante com um grito de paz, pregando até os seus
últimos dias uma mensagem pacifista, um homem determinado contra a violência.
No
mesmo país tivemos Sidarta, o Buda, que deixou a riqueza da casas dos pais, uma
vida de luxo, para encontrar o sentido da existência, o caminho da iluminação,
uma porta que o levasse ao divino.
Martin
Luther King, um pastor negro americano, lutou contra o preconceito, foi vítima
da violência, como Gandhi, porém sua mensagem era de paz, ele era do bem, também
um homem de Deus.
No
Brasil, ligado ao espiritismo, Francisco Xavier é um exemplo de cristão. Viveu
90 anos fazendo o bem, fazendo milagres, ajudando as pessoas, tornando o mundo
um pouco melhor.
Tivemos
o papa João XXIII, João Paulo II, Dom Hélder Câmara, Dom Paulo Evaristo Arns...
Pelo
que conheço de sua obra, padre Fábio de Melo me parece um cristão de verdade. Escreve
divinamente, convence em seu discurso, acredito que é um sacerdote autêntico, a
serviço da verdade.
Você
lê e relê a Bíblia, o Novo Testamento e não encontra na postura e nem na
mensagem do Cristo a postura do ódio, da discriminação, da intolerância, do
rancor, da inveja, da cobiça, do desejo de riqueza a qualquer custo. Jesus é
sinônimo de amor, principalmente quando defende os sem-nada, os pecadores como
Maria Madalena.
Atire
a primeira pedra o que nunca pecou! Cristo condena os que julgam... E tem tanta
gente ainda hoje julgando sem ver o próprio umbigo.
Nenhum
dos religiosos citados, sejam católicos, budistas, evangélicos ou espíritas estavam
ou estão atrás do dinheiro dos incautos, usam o nome de Deus para praticar
absurdos e se dar bem.
Existem
santos e salafrários.
Sinceramente
meu amigo, minha amiga leitora. Dá para comparar Francisco de Assis ou Chico
Xavier com Silas Malafaia?
Você
consegue enxergar em Marco Feliciano um pouco de Martinho Lutero ou Martin
Luther King?
O
que tem esse pastor estuprador preso pelos seus crimes a ver com o Evangelho,
com Jesus Cristo, com o Sopro Divino?
Deus
é necessário. A religião pode ser muito mais do que “o ópio do povo’, como a
definia Marx. Desde que estejamos do lado do bem, dos santos, dizendo não aos
aproveitadores.
Fotos: 1) Papa Francisco; 2) Pastor Martin Luther King
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