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quinta-feira, 9 de maio de 2013

SANTOS E APROVEITADORES

Apesar do mundo cão em que vivemos, com assassinos, ladrões, corruptos, estupradores e tanta gente ruim, eu acredito em Deus, numa força superior que dita os destinos do Universo.
Acredito também em santos, em homens capazes de captar a essência de Deus e tentar repassá-las para os pobres mortais nesta vida terrena.

Os nomes seriam muitos, mas para não tornar o artigo exaustivo vou citar apenas alguns relevantes que me vêm à cabeça.

São Francisco de Assis foi um desses santos. Um verdadeiro cristão, que abraçou os pobres e lutou por um mundo melhor e mais justo.

Dentre as mulheres, merecem ser citadas Joana Darc, em tempos mais distantes, e Irmã Dulce e Madre Teresa de Calcutá. Elas, ao que me parecem, só praticaram o bem, defenderam a causa justa, estiveram próximas de Deus durante todas suas vidas.

Na Índia o  Mahatma Gandhi, um líder político e religioso, libertou um país gigante com um grito de paz, pregando até os seus últimos dias uma mensagem pacifista, um homem determinado contra a violência.

No mesmo país tivemos Sidarta, o Buda, que deixou a riqueza da casas dos pais, uma vida de luxo, para encontrar o sentido da existência, o caminho da iluminação, uma porta que o levasse ao divino.

Martin Luther King, um pastor negro americano, lutou contra o preconceito, foi vítima da violência, como Gandhi, porém sua mensagem era de paz, ele era do bem, também um homem de Deus.

No Brasil, ligado ao espiritismo, Francisco Xavier é um exemplo de cristão. Viveu 90 anos fazendo o bem, fazendo milagres, ajudando as pessoas, tornando o mundo um pouco melhor.

Tivemos o papa João XXIII, João Paulo II, Dom Hélder Câmara, Dom Paulo Evaristo Arns...

Pelo que conheço de sua obra, padre Fábio de Melo me parece um cristão de verdade. Escreve divinamente, convence em seu discurso, acredito que é um sacerdote autêntico, a serviço da verdade.

Você lê e relê a Bíblia, o Novo Testamento e não encontra na postura e nem na mensagem do Cristo a postura do ódio, da discriminação, da intolerância, do rancor, da inveja, da cobiça, do desejo de riqueza a qualquer custo. Jesus é sinônimo de amor, principalmente quando defende os sem-nada, os pecadores como Maria Madalena.

Atire a primeira pedra o que nunca pecou! Cristo condena os que julgam... E tem tanta gente ainda hoje julgando sem ver o próprio umbigo.

Nenhum dos religiosos citados, sejam católicos, budistas, evangélicos ou espíritas estavam ou estão atrás do dinheiro dos incautos, usam o nome de Deus para praticar absurdos e se dar bem.

Existem santos e salafrários.

Sinceramente meu amigo, minha amiga leitora. Dá para comparar Francisco de Assis ou Chico Xavier com Silas Malafaia?

Você consegue enxergar em Marco Feliciano um pouco de Martinho Lutero ou Martin Luther King?

O que tem esse pastor estuprador preso pelos seus crimes a ver com o Evangelho, com Jesus Cristo, com o Sopro Divino?

Deus é necessário. A religião pode ser muito mais do que “o ópio do povo’, como a definia Marx. Desde que estejamos do lado do bem, dos santos, dizendo não aos aproveitadores.

Fotos: 1) Papa Francisco; 2) Pastor Martin Luther King

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