Biografia dos homenageados do São João da Moda em Santa Cruz

  Biografia Cumpadre Neto

José Amaro das Chagas (Cumpadre Neto) nasceu em 05 de outubro de 1948 no Sítio Moreira, município de São João do Cariri-PB. 

Em 1973, com 25 anos de idade, chegou em Santa Cruz do Capibaribe, onde tornou-se sulanqueiro e um dos pioneiros na cidade a fazer locução de carro de som nas campanhas políticas.

Em uma de suas viagens ao Maranhão, na década de setenta, gravou uma fita com a Lambada do Tibúrcio, a conhecida “LAMBADINHA”, que tornou-se o hino da política santa-cruzense e até hoje é tocada nas passeatas e comícios.

Amante da locução e do forró foi um dos grandes incentivadores para a vinda da primeira rádio da cidade e em dezembro de 1985 entra para a história como o primeiro radialista profissional de Santa Cruz pela Rádio Vale do Capibaribe AM. 

Durante 25 anos apresentou o programa diário “Desperta Nordeste” que exaltava a cultura nordestina e tinha grande audiência por toda a região, a atração chegou a lançar e incentivar diversos artistas como Joãozinho Aboiador,  Dedé Sanfoneiro e Cinézio da Magana. 

Apaixonado pela profissão e pela música nordestina, Cumpadre Neto sempre levou a música para dentro de casa, o que influenciou três de seus cinco filhos a iniciar carreira musical, dando todo o apoio e suporte para eles montarem a banda Saara, que durante anos embalou os casais de Santa Cruz e região com seu forró romântico e dançante.

Atualmente, gerencia uma pousada com sua família onde recebe artistas de todo o Brasil e com seu carisma e papo que sempre acaba em música, faz de sua profissão uma forma de nunca se afastar da cultura nordestina que segundo Cumpadre Neto é a maior riqueza do nosso Nordeste.      

 Biografia Letinho

No dia 05 de dezembro de 1962, na cidade de Santa Cruz do Cabibaribe, nascia Welinton Monteiro Vieira (Letinho), o caçula dos irmãos (Socorro, Azé, Zinha e Zuza – in memoriam), filhos dos Senhores José Vieira Filho (in memoriam) e Matilde Monteiro Vieira.    

Aos oito anos de idade começou a tocar sanfona, instrumento pelo qual se apaixonaria e que levaria consigo por toda a sua vida.

Estar ao lado de Letinho era uma festa para seus familiares e amigos, pois ele sempre tocava o instrumento e alegrava casamentos, batizados, festas particulares e barzinhos de toda a região com diversas canções da raiz nordestina, sem cobrar um único centavo. Apaixonado pela música, também chegou a tocar órgão na igreja.

Como santa-cruzense nato, trabalhava no ramo da confecção. Ao lado do seu irmão Zinha Vieira tornou-se um comerciante e chegou a gerenciar uma loja de tecidos na cidade de Campina Grande-PB, onde trabalhava durante o dia e a noite alegrava os ouvidos dos campinenses, não esquecendo jamais de religiosamente voltar a sua terrinha nos finais de semana.

Seu hobbye era tocar sanfona, hobbye esse que o fez chegar a formar uma banda com Hilário do Pandeiro.

No dia 21 de abril de 1993, o som da sanfona não pode ser mais ouvido, Letinho perdeu sua vida num acidente de carro, porém ele deixou entre seus amigos e familiares a marca do seu incontestável amor pela música e a cultura nordestina nas diversas canções que tocou sem nunca cobrar cachê.