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terça-feira, 18 de junho de 2013

JOVENS OCUPAM RUAS DAS GRANDES CIDADES


Brasília

Rio de Janeiro

São Paulo

Belo Horizonte

Os jovens ocuparam as principais cidades do Brasil, nesta segunda-feira, dia 17, protestando contra o aumento das passagens de ônibus, o dinheiro gasto nos estádios de futebol, a PEC 37 (que retira do Ministério Público o poder da investigação), além do péssimo sistema de transporte, as más condições de funcionamento da saúde e da educação.

Foram 10 mil pessoas em Porto Alegre, o mesmo número em Curitiba, 30 mil em Belo Horizonte, perto de 70 mil em São Paulo e 100 mil no Rio de Janeiro. No total, segundo a Folha de São Paulo, 250 mil jovens ocuparam as ruas das principais cidades do país.

A maioria das manifestações foi feita de forma pacífica. Em São Paulo não houve nenhum incidente e desta vez a polícia agiu de forma civilizada, merecendo elogios. No Rio um pequeno grupo, já no final da passeata, invadiu a Assembleia Legislativa do Estado e promoveu atos de vandalismo. A PM precisou intervir e algumas pessoas foram presas.

Na capital federal milhares de jovens subiram no teto do Congresso Nacional e os 400 policiais de serviço não tiveram força para impedir.

Os manifestantes dialogaram com o governador Geraldo Alckmin, em São Paulo, e nas ruas protestaram contra a participação de políticos no movimento, chegando a vaiar integrantes do PSTU, que portavam bandeiras.

A Globo News acompanhou toda a movimentação durante o dia e o canal aberto da TV Globo deu vários flashes durante sua programação, à tarde e à noite.

O Jornal Nacional fez ampla cobertura, voltando a demonstrar simpatia com as manifestações. Como a emissora foi hostilizada nas ruas, a apresentadora Patrícia Poeta leu uma nota, como se estivesse com raiva, assegurando que a Globo tem acompanhado tudo desde o começo, “mostrando tanto os atos de vandalismo, quando acontecem, quanto os exageros da polícia paulista.

RECIFE - Centenas de pessoas se reuniram na área central do Recife, na noite desta segunda-feira (17), para protestar contra a corrupção no País. Os manifestantes ocuparam o cruzamento das avenidas Conde da Boa Vista e Agamenon Magalhães, nas proximidades da Praça do Derby. O trânsito na região apresentou retenções. O grupo também cobrou redução da tarifa, passe livre, meia passagem intermunicipal e melhorias no transporte público.

O grupo, formado na maioria por estudantes, afirma que o movimento é apartidário. Eles decidiram sair em passeata pelas ruas da capital pernambucana para apoiar os movimentos que ocorrem em outras cidades do País nesta noite. "A corrupção é a crítica geral sobre os recursos públicos usados na Copa", disse o presidente da União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco, Davi Lira.


EXPLICAÇÃO - O que está acontecendo no Brasil? Estaríamos num clima pré-revolucionário. O sociólogo espanhol Manuel Castells, que participou ontem, em São Paulo, da conferência Redes de Indignação e Esperança, deu uma explicação interessante para as manifestações dos últimos dias.

Segundo ele no mundo todo, agora, há um instrumento de informação, auto-organização e automobilização que não existia. “Antes, se estavam descontentes, a única coisa que podiam fazer era diretamente para uma manifestação de massa organizada por partidos e sindicatos, que logo negociavam em nome das pessoas”, pontuou.

O sociólogo disse que agora a capacidade de organização é espontânea. “Isso é novo, são as redes sociais. E o virtual acaba no espaço público. Essa é a novidade. Sem depender das organizações, a sociedade tem a capacidade de se organizar, debater e intervir no espaço público”, completou Manuel Castells.

A seu ver todos esses movimentos sociais na história são principalmente emocionais, não são pontualmente indicativos. “Em São Paulo não é sobre transporte. Em algum momento há um fato que traz à tona uma indignação maior”, frisou o espanhol.

Na sua avaliação o movimento é contra a prática da classe política que se apropria da representação e não presta contas em nenhum momento, justificando qualquer coisa em função dos interesses que servem ao Estado. “Eles não respeitam os cidadãos. É essa a manifestação. É isso que os cidadãos sentem e pensam: que eles não são respeitados”, concluiu o sociólogo.

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