Durante 362 dias do ano, Maria Azêdo e Tatiane Barros são, respectivamente, nutricionista e fisioterapeuta da cidade de Manaus. Nos três dias que restam, as morenas encaram indumentárias minúsculas para brilhar em um bumbódromo: elas são as cunhãs-porangas (mulher bonita, em tupi-guarani) no Festival Folclórico de Parintins, que este ano acontece nos dias 28, 29 e 30 de junho.
Para entender a responsabilidade da dupla, é preciso lembrar o tamanho dessa festa, realizada todos os anos na cidade de mesmo nome, no interior do Amazonas. Famoso por ser uma das maiores expressões da cultura brasileira desde 1965, o evento costuma reunir cerca de 35 mil pessoas. São sempre três noites de apresentação, na qual os dois bois rivais da cidade contam a lenda de Catirina, uma mulher grávida que sofre com o desejo de comer língua do boi. As agremiações desfilam por quase três horas, ricas em alegorias, cores, música e dança. Suas cunhãs-porangas estão ali para encantar os jurados e representar a força da aldeia em forma de beleza.
Por isso que Maria, do Boi Caprichoso (azul), e Tatiane, do Garantido (vermelho), foram convocadas para mostrar às lentes do Paparazzo a mesma sensualidade que elas exalam ao hipnotizar o júri e o público do evento. Ao longo do ensaio, feito na Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro, as amazonenses falaram sobre suas infalíveis estratégias de sedução também na hora ''H''.
'Meu namorado é 19 anos mais velho. Sou brava, às vezes até fria, não tenho paciência para menino inseguro'', adianta Maria, para depois explicar: ''Na verdade, sou muito mandona e sinto que os homens gostam disso. Dentro de quatro paredes eu só quero que ele me satisfaça e, sem demora, não sou o tipo de mulher que precisa e curte preliminar. Quanto mais velho, melhor ele entende isso e melhor é na cama'', dispara.
Tatiane vai além: ''Namoro há cinco anos um homem de 37 e, se em algum momento terminássemos, eu não procuraria um cara mais novo. Depois dos 30, 40, eles ficam mais dedicados à mulher, mais atenciosos na cama e mas certeiros na hora de dar prazer''.
Como boa representante de uma índia guerreira, Tatiane também admite ser dominadora: "Quero que me agrade, que fique na minha mão. Mas aí quando o cara começa a te encher de carinho e de repente puxa o seu cabelo, é você quem fica mão dele''.
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