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terça-feira, 30 de outubro de 2012

A nada mole vida de bandidos mensaleiros e simpatizantes


Três personagens do mensalão passaram por vexames ao chegar as sessões eleitorais, onde votam em São Paulo. José Dirceu que foi acompanhado de uma tropa de choque petista, ouviu xingamento de “pega ladrão”, a mesma sorte, teve José Genoíno e o Ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, o relator do mensalão
Foto: Ernesto Rodrigues/AE
O POVO CONTRA DIRCEU - Como no primeiro turno, Dirceu chegou ao local de votação cercado de “seguranças” enquanto o povo gritava “pega ladrão!”

Ex-ministro da Casa Civil e condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha no julgamento do mensalão, José Dirceu votou no fim tarde deste domingo na Escola Estadual Princesa Isabel, no Bosque da Saúde, na Zona Sul de São Paulo. Chegou às 15h40m cercado por seguranças em meio a gritos da militância petista e de eleitores que o chamavam de "ladrão".

Dirceu demorou menos de cinco minutos para votar e reclamou do empurra-empurra envolvendo jornalistas, militantes do PT e eleitores.

Em maior número, apoiadores com adesivos do candidato Fernando Haddad (PT) e camisetas com o rosto de Dirceu gritavam: "Dirceu / guerreiro / do povo brasileiro".

Moradores da região tentavam se aproximar xingando o ex-ministro de "ladrão" e "vergonha da nação". Os dois grupos bateram boca dentro do colégio eleitoral, mas não houve agressão.

Uma equipe do programa humorístico CQC, da TV Bandeirantes, tentou entregar ao ex-ministro uma revista Playboy e um maço de cigarros, numa referência à possibilidade dele vir a ser preso em função das condenações no mensalão. Dirceu olhou para os presentes, mas não os pegou.
Foto: Felipe Rau/AE
Genoino cercado de seguranças petistas, que distribuiam socos, pontapes e causavam tumulto.
Igualmente o ex-deputado José Genoino chegou ao local de votação na Universidade São Judas, no bairro do Butantã (zona oeste), por volta das 16h20, acompanhado de uma truculenta tropa de choque de militantes petistas, cerca de 50, segundo O Globo. A passagem do ex-gurrilheiro, réu do mensalão, condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha, provocou tumulto que terminou em pancadaria e cenas de vandalismo.

Os petistas, que xingavam e batiam em jornalistas, além de derrubar eleitores que estavam no local, avançaram pelos corredores da universidade empurrando cadeiras, chutando lixeiras e quebrando vidros de um dos murais da entidade.

Usando bengala, a aposentada Jose Bacarácia, 82 anos, foi derrubada no chão durante a passagem da militância petista.

Genoino carregava uma bandeira do Brasil, vestindo-a como uma capa e usando-a em algumas ocasiões para esconder o rosto e evitar ser fotografado. No tumulto, apenas seguiu em direção à seção de votação. Depois de votar, caminhou agitando o braço esquerdo com o punho cerrado, sempre rodeado pelos militantes, que impediram a aproximação ou perguntas dos jornalistas.
Foto:Tonny Campos/Futura Press
Oscar Filho, humorista e repórter do programa da Band, agredido por “seguranças” de José Genoíno
O humorista Oscar Filho, do CQC foi agredido repetidas vezes pelos petistas. Ele recebeu socos e foi jogado para dentro de uma das salas de votação. Com machucados na boca e pressão alta, o comediante foi atendido na enfermaria do colégio eleitoral e disse que registaria um Boletim de Ocorrência.

Um dos envolvidos na pancadaria foi o advogado Danilo Camargo, da Comissão de Ética do PT paulista e um dos petistas mais ligados a Genoino. Apesar de ter sido visto agredindo Oscar Filho antes de José Genoino votar, Camargo disse que se atracou com o repórter do CQC depois, ao deixar o colégio eleitoral, porque foi provocado.

No primeiro turno, no mesmo colégio, Genoino apareceu para votar dez minutos após a abertura dos portões e mostrou irritação ao ver a imprensa no local, chamando os jornalistas de “urubus e torturadores da alma humana”.
Foto: Mastrangelo Reino/Folhapress
Lewandowski, foi hostilizado por eleitores. Enquanto dava entrevista, uma eleitora se aproximou e disse: "que nojo!" Ao deixar o local de votação um mesário exclamou: "Mande lembranças para o Zé Dirceu"
Mesma sorte teve o ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, que foi vaiado e xingado de ‘bandido, corrupto, ladrão e traidor’ na saída da Escola Estadual Mario de Andrade, em Campo Belo, Zona Sul de São Paulo, local onde vota.

Pouco antes de ser reconhecido, ele disse que a reação popular em todo o país tem sido de cumprimentos e pedidos para tirar fotos.

- Votei normalmente. Entrei pela porta da frente e como qualquer cidadão entrei na fila. Tudo na maior tranquilidade. Isso é democracia, liberdade. As reações agora (os xingamentos) são normais. Estou aqui com vocês (jornalistas) e muito exposto — disse, já nervoso com os gritos e sendo puxado pelos assessores.

COMENTAMOS:

Por tudo que eles representam, sempre será insano, incivilizado e até perigoso hostilizar um ministro do Supremo Tribunal Federal. Notadamente agora, quando está sendo julgado o mensalão. Não é bom para o estado democrático de direito, em geral. Registre-se e que incidentes como esses, podem ser usados pelos acusados, como material de defesa e pedidos de anulação, sob o argumento de que os Ministros da Suprema Corte, não estavam se sentindo suficientemente seguros durante o julgamento.
Foto: Darlan Alvarenga/G1
BRIGADA ANTI-POVO- Alguns dos militantes da tropa de choque petista escalada para proteger o mensaleiro José Dirceu, aguardando sua chegada na sessão eleitoral

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