Obras de duplicação da BR-104 estão paradas por falta de pagamento

Fotos: Ney Lima, Thonny Hill e Elivaldo Araújo

O acesso às cidades do Polo de Confecções está prejudicado pelas obras de duplicação da BR-104 que estão paradas.

Os trabalhos começaram em 2008, com a promessa de conclusão de três anos.

A equipe do Blog do Ney Lima percorreu os 57 km que ligam Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru e não encontrou nenhum operário na obra.

No acesso que liga a BR -104 a Rodovia PE-160, um dos pontos mais críticos, vários buracos e um desvio prejudica a passagem dos veículos. O local passou vários meses cercado por tapumes, mas nenhuma obra asfáltica foi feita no trecho.

O descaso é maior no trecho entre o distrito de Pão de Açúcar e a cidade de Toritama, onde pouca coisa foi feita em mais de quatro anos após o início das obras e as máquinas não trabalham há mais de um ano.

O Blog verificou também que após Toritama vários trechos estão cheios de buracos, inclusive no percurso onde a duplicação foi feita.

No município de Caruaru, onde se concentra a maior complexidade do projeto de duplicação, as obras estão paradas desde o último mês de junho.

Afirmações Diogo Moraes não se concretizam

O deputado estadual socialista Diogo Moraes, representante do Polo de Confecções, em vários momentos falou sobre a paralisação das obras.

Em maio deste ano, o deputado afirmou, durante uma entrevista ao radialista Silvio José, que a prioridade, naquele momento, seria desobstruir as obras no acesso à cidade de Caruaru e posteriormente as obras seriam reiniciadas nos demais trechos, o que não aconteceu.

O principal motivo da paralisação

O principal motivo da paralisação das obras de duplicação é uma dívida entre o DER e as construtoras do consórcio responsável pela obra.

O Blog do Ney Lima apurou que o valor da dívida está gerando divergência entre o órgão e as empresas. O consórcio argumenta que o débito é de R$ 14 milhões, mas o DER só assume R$ 5 milhões.

Neste mês de outubro, a duplicação entrou na mira do Ministério Público que, através da promotora Gilka Miranda, de Caruaru, estuda acionar o Poder Judiciário para punir os responsáveis.

Com este e outros impasses as obras seguem paradas e o acesso às cidades de Polo de Confecções novamente ficará prejudicado nos meses de maior movimento, movidos pelas comercializações de final de ano.