Em uma eleição, a pesquisa de opinião é
uma arma capaz de mudar o panorama eleitoral, usada para promover ou derrubar
candidatos. Segundo Charles Seife, mestre em matemática pela Universidade de
Yale e professor de jornalismo na Universidade de Nova York, "é uma
fábrica nonsense de tom autoritário, uma máquina de produzir falácias
matemáticas".
Do resultado dessas
pesquisas, criou-se o termo "voto útil" ou seja, votar em quem tem
chance de se eleger. A ideia faz com que um candidato, mesmo que apresente
competência, não assuma cargo público por estar "previamente"
derrotado. "A pesquisa
de opinião é uma invenção jornalística", escreve Seife em "Os Números (Não)
Mentem". "Elas são um instrumento indispensável para os
jornalistas; é difícil ler um jornal, ouvir um noticiário no rádio ou navegar
pela internet sem topar com uma pesquisa de opinião em geral, uma pesquisa
ridícula".
O número pequeno de pessoas, escolhidas
para opinar sobre algum assunto, não garante uma verdade incondicional. Quando
o percentual apresentado não condiz com o resultado final, a margem de erro é a
culpada. "[A margem
de erro] Trata-se, possivelmente, do conceito matemático mais incompreendido e
abusado em que a imprensa já colocou as mãos", afirma. De acordo com o
autor, se você quer enganar alguém, use um número. Algarismos possuem uma força
mágica no imaginário popular, uma ferramenta eficaz de manipulação. Para escrever o livro, Seife analisou
diversas informações divulgadas pela imprensa mundial. A proposta é desenvolver
o ceticismo no leitor. Leia um trecho. da
Livraria da Folha
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