O setentão Caetano Veloso foi com toda
justiça o grande homenageado no Grammy Latino deste ano. Pelo conjunto de sua
obra musical e poética, em cinco décadas, o cantor e compositor baiano recebeu
a mesma honraria concedida a Gilberto Gil, em 2003, e a colombiana Shakira, ano
passado.
Caetano, autor de centenas de músicas
antológicas, como Alegria, Alegria, London London, Vaca Profana, Força Estranha,
O Ciúme, Um Índio e Sampa, recebeu o troféu de “Persona do Ano" das mãos da
atriz Sônia Braga.
Pode-se acusar Caetano Veloso de polêmico,
discordar de suas posições políticas ou de suas propostas culturais. Mas ninguém
que tenha um pouco de bom senso pode negar a importância desse artista – como cantor,
intérprete, músico e letrista.
O cantor chega aos 70 anos com a mesma criatividade de quando compôs esses versos, da música O Homem Velho, do disco de 1984:
"O homem velho deixa a vida e morte para trás. Cabeça a prumo, segue rumo e nunca, nunca mais. O grande espelho que é o mundo ousaria refletir os seus sinais. O homem velho é o rei dos animais. A solidão agora é sólida, uma pedra ao sol. As linhas do destino nas mãos a mão apagou. Ele já tem a alma saturada de poesia, soul e rock'n'roll
"Os filhos, filmes, ditos, livros como um vendaval. Espalham-no além da ilusão do seu ser pessoal. Mas ele dói e brilha único, indivíduo, maravilha sem igual. Já tem coragem de saber que é imortal".
Olá,
ResponderExcluirEncontrei essa postagem enquanto procurava conteúdos relacionados ao Caetano. Muito bacana!
Abraços,
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