Roberto Carlos, aos 71 anos, encontrou consigo mesmo. Voltou a ser o
cara dos detalhes, que mandou as crianças saírem de férias e foi capaz
de mandar tudo pra o inferno. Amou a namorada do seu melhor amigo, as
mulheres de 40 e se penitenciou diante de todas dizendo: "Eu te darei o
céu".
É o cara que conhece a alma do povo brasileiro. Com versos e melodia
simples - simplórios até - está de novo nas paradas, como quando era
jovem.
A música está no elevador, nas lojas do comércio, no rádio do carro, na
casa do vizinho, no ônibus, no carrinho de CDs pirata, na novela
global. Bonita no começo, irrita pela super exposição, mas não fica
horrível, apenas torna-se insuportável.
Uma coisa é certa: esse cara é o Roberto. Não é o Chico, nem o Caetano
ou o Gil. É o Roberto mesmo. Com os seus botões, a mesma proposta, cheio
de emoções e romantismo, e que voltou. Só não sei se para ficar. Porque
ele marcou um encontro com sua amada e é lá que pretende descansar. Pra
Sempre.
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