Até o mês de março o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab deverá decidir
se entra oficialmente na base de Governo da presidente Dilma Rousseff
(PT). Durante esse período, o presidente nacional do partido vai se
reunir com a executiva e os dirigentes regionais para ouvir as sugestões
de cada representante.
O presidente estadual do PSD, o ex-deputado
André de Paula, vai defender uma relação de independência em relação à
gestão petista. Segundo ele, essa sugestão será levada à Kassab porque a
sigla tem um compromisso com o governador Eduardo Campos (PSB) que
deverá ser levado em consideração no próximo pleito presidencial.
Para o presidente estadual, a atual relação de independência entre o PSD e o PT a nível federal dá mais tranquilidade para o partido tomar uma decisão quando o cenário da eleição presidencial se consolidar. Neste sentido, o pessedista é contrário à ideia de o partido assumir um ministério. Inclusive, Kassab declinou do convite feito por Dilma para assumir uma das pastas. O líder da sigla tem o projeto de ser candidato ao Governo de São Paulo e ocupar essa função atrapalharia seus planos.
Pelo menos dois estados teriam dificuldade em aderir à base da presidente Dilma, já que a relação com o PT em seus redutos não é amigável. Em Santa Catarina, o governador, Raimundo Colombo (PSD), já deixou claro que não tem como se aliar aos petistas. Já no Amapá, as dificuldades são colocadas pelos petistas Tião Viana e Jorge Viana. “Se ao final desta consulta, a maioria optar por este caminho (de aliança a nível nacional), vou respeitar”, ponderou André de Paula.
Por: Jumariana Oliveira/Folha de Pernambuco
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