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domingo, 9 de junho de 2013

COLUNA: Olhar Crítico


Emancipar distritos é questão de justiça

Preliminarmente gostaria de deixar claro que sou a favor de emancipar todos aqueles distritos que tenham condições de no mínimo se viabilizarem economicamente. Contudo extremismos não são saudáveis nem para um lado nem para o outro. Democracia deve ser um exercício diário e não apenas uma figura de linguagem como percebo muitos comunicadores do nosso querido Brasil fazer, ser democrata apenas quando as outras pessoas concordam conosco, e ser truculento, áspero e duro com aqueles que não compartilham de nossas idéias. Falo isso, por que nesta última semana tenho visto e ouvido coisas que não achei que poderiam existir no Brasil moderno.

Vi grandes meios de comunicação que por serem contra as emancipações de distritos trabalharem de forma a levar a opinião publica a ser contra este projeto, a se posicionarem de forma ao insucesso do projeto. E para isso usam de argumentos vazios e superficiais, vai criar milhões de despesas extra”, “são novas prefeituras e novas câmaras” e por ai vai, o que eu não vi ninguém fazer foi discutir o projeto com profundidade, analisar de fato os prós e contras de se emancipar um distrito. O que mais me chamou atenção é fato de há dias atrás estes mesmos meio de comunicação criticarem veementemente a proposta que tramita na câmara para que novos partidos só tenham direito a tempo de televisão e ao fundo partidários após passarem por uma eleição e assim poder-se aferir o tamanho real de suas bancadas na câmara federal. Ou seja, para estes nobres jornalistas o Brasil precisa de mais partidos políticos e de menos município. Discordo, mas respeito.

Os distritos cresceram e hoje tem problemas inerentes a uma cidade, assim sendo é muito complicado para um prefeito, por mais boa vontade que ele tenha, administrar duas cidades com o orçamento de uma. Evidentemente que ninguém vai acordar na segunda feira pós eleição nestas novas cidade e como um passe de mágica todos os problemas estarão resolvidos, no entanto não é como o governador de Pernambuco, Eduardo Campos falou, que estão iludindo a população, que emancipar não é a solução dos problemas. De fato não é, mas a partir do momento que se emancipa, esta solução esta mais perto, os agentes políticos, que são quem de fato pode resolver estes problemas, estarão mais perto, vivendo o compartilhando com a população as mesmas dificuldades.

Como falei antes, extremismo não é bom, não é saudável, ser contra a emancipar é tão legitimo quanto ser a favor, democracia é antes de tudo isto, respeitar opiniões divergentes. Sou a favor, mas apesar de discordar da opinião de quem é contra eu respeito o direito desta pessoa ser contra. Não se pode usar argumentos como ouvi esta semana numa radio da região, em dado momento falava a locutora: “quem for contra, pegue suas malas e vá morar em Taquaritinga”, peraí este tipo de argumento usado no Brasil nos tempos da propaganda ufanista da ditadura militar, com o slogan “Brasil, ame-o ou deixe-o” não cabe nos dias de hoje.

Torçamos para que o projeto que trata das emancipações seja votado e sancionado com brevidade em Brasília, e seja passado a responsabilidade de emancipar as assembléias legislativas de cada estado. Emancipar é bom para todos, os distritos terão mais chance e mais possibilidades, e os municípios mães terem mais fôlego para cuidar melhor das áreas e da população remanescente.

Por fim peço profundas desculpas se por acaso feri e/ou magoei alguém, não era essa minha intenção. Um abraço a todos.

Léo Lima 
fotógrafo

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