Emancipação sim, mas com critérios.
Como um cidadão santacruzense, apesar de ser considerado por alguns um forasteiro, tenho observado a cobertura dos meios de comunicação aos principais acontecimentos políticos locais e regionais.
Um dos assuntos mais discutidos recentemente foi a possibilidade de dois distritos que têm forte ligação com a economia de nossa cidade serem elevados à condição de cidades, o que considero um grande avanço. Porém, alguns aspectos necessitam de uma discussão mais aprofundada.
O primeiro ponto é a grande importância que a imprensa local tem dado à participação de um deputado da região no processo, colocando-o em uma posição de herói de uma conquista que, diga-se de passagem, ainda não se materializou. Depois de aprovada no plenário da Câmara Federal, ainda serão necessárias várias votações na Alepe para que os estados possam ter de volta o direito de decidir sobre as emancipações dos municípios.
Como formadores de opinião, é preciso que nossos comunicadores informem à população os verdadeiros fatos. Alguns comunicadores têm esquecido de mencionar outros personagens envolvidos na luta pela emancipação de São Domingos e de Pão de Açúcar. No blog do vereador Jânio Arruda há um artigo que mostra um que o ex- deputado e hoje prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, no ano de 2007, enviou um requerimento solicitação as emancipações. Está publicado nos anais da Alepe e no diário oficial da época.
O outro ponto que quero abordar é sobre a emancipação e suas consequências em si. É inegável os distritos que pleiteiam a independência têm condições de sobreviver sozinhos, porém é preciso analisar com critério as conseqüências para os municípios sedes sofreriam, como a perda de repasses federais. Há uma série de questões que precisam ser levantadas. Discussão que, a meu ver, a imprensa local não está fazendo.
Esta é minha opinião, como um simples observador. Sou totalmente favorável às emancipações, mas é preciso discutir racionalmente a questão e os méritos devem ser creditados a todos os envolvidos no processo.
Por Jairo Martins
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