Em um pronunciamento já considerado histórico, o papa Francisco disse que os gays "não devem ser marginalizados, mas integrados à sociedade" e que não se sente em condição de julgá-los.
"Se uma pessoa é gay, busca Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?", afirmou ele a jornalistas durante o voo de retorno a Roma. Neste ponto o líder católico agiu de forma semelhante a Cristo, que defendeu Maria Madalena, tida como uma prostituta. Jesus também condenou aqueles que julgam e lembrou que todos são pecadores.
Especialistas dizem que defesa de estilo de vida humilde é gesto político do papa. "O catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados por causa disso, mas integrados à sociedade”, defendeu Francisco.
As declarações do pontífice tiveram como pano de fundo as recentes revelações de que um assessor próximo a ele seria homossexual. Na mesma ocasião, o papa respondeu a questionamento sobre a existência de um "lobby gay" no Vaticano. Segundo ele, o problema não é ser gay, mas o "lobby em geral".
"Vocês veem muita coisa escrita sobre o lobby gay. Eu ainda não vi ninguém no Vaticano com um cartão de identidade dizendo que é gay. Dizem que há alguns. Acho que, quando alguém se encontra com uma pessoa assim, devemos distinguir entre o fato de que uma pessoa é gay de formar um lobby gay, porque os lobbies não são bons. Isso é o que é ruim."
(Fontes utilizadas: Luís Guilherme Barrucho/Enviado especial da BBC Brasil ao Rio de Janeiro, Blog do professor Rafael Brasil)
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