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terça-feira, 20 de agosto de 2013

BANCO PREVÊ DISPUTA ENTRE DILMA E EDUARDO

Eduardo Campos será o grande adversário de Dilma Rousseff. É o que aposta o JP Morgan, um do principais bancos de investimentos do mundo. Em relatório sobre as eleições presidenciais de 2014, ele diz que a economia pode fragilizar a candidatura de Dilma Rousseff (PT), que Marina Silva (Rede) não deve decolar, que Aécio Neves (PSDB) deve enfrentar problemas e que Eduardo Campos (PSB) tem boas chances para crescer.

Sobre Dilma, o banco aponta cenário muito diverso do que a elegeu em 2010. "A performance do PIB nos dois primeiros anos de governo Dilma será provavelmente a pior em uma década. O que até recentemente era um mercado de trabalho pressionado, agora tende a ser mais flexível, com redução da criação de empregos e possível fins dos ganhos reais nos salários."
No entanto, afirma que Dilma é uma candidata forte, principalmente pela força do PT, e deve se estabilizar em 35% dos votos.
Sobre Marina, avalia que seu bom posicionamento nas atuais pesquisas decorre da lembrança de 2010 e de ser beneficiária dos protestos. Mas vê dificuldades por não ter estrutura partidária para competir e para formar coalizão. O banco deixa claro ainda sua preocupação quanto a suas dificuldades para lidar com interesses políticos, especialmente no Congresso.

"Acreditamos que conforme as pessoas estejam mais atentas de quem são os candidatos, a intenção de votos deles deve crescer. Isso é mais fácil de ocorrer com Campos, considerando que 44% dos eleitores não sabem quem eles são. Mesmo no Nordeste, onde ele supostamente é forte, 42% dos eleitores não sabem quem ele é".
O governador de Pernambuco representaria a "continuidade, sem continuísmo", com a manutenção de programas sociais da era petista mas com novo viés para o setor privado: "Campos tem se reunido com muitos empresários, promovendo a plataforma de que irá induzir o investimento privado e reduzir as barreiras a ele, adotando menos intervencionismo e uma estratégia favorável ao lucro e a competição. É inquestionável que essa é uma das maiores necessidades do Brasil."
Sobre Aécio, destaca seu governo bem avaliado em Minas Gerais, mas diz que sua vida social pode atrapalhar sua campanha. "Ele sempre aparece em fotos de paparazzi em festas disputadas. Muitos acreditam que isso pode trabalhar contra ele durante a campanha".
Em relação a José Serra (PSDB), diz que não chega a ser competitivo. "Serra tiraria mais votos de Aécio do que de qualquer outro, o que é um prejuízo apenas para o PSDB, em todos os sentidos."
Quanto ao Lula, diz que ex-presidente pode voltar se no fim do primeiro semestre de 2014 Dilma estiver fraca nas pesquisas. No entanto, não vê intenção de Lula: "Não achamos que Lula queira retornar e colocar em xeque seu legado em ambiente de crescimento menor da economia. Além disso, suas condições de saúde são sempre discutidas. Ele está com 67 anos e sua aparência mudou após tratamento contra o câncer". (Fonte: Brasil 247).

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