Cerca de 400 pessoas entre trabalhadores e empresários do setor têxtil e de confecção brasileiro realizaram manifestação no dia 23 de outubro, no Palácio das Convenções do Anhembi, onde aconteceu a feira de produtos chineses - GoTex Show 2013.
O movimento “Grito de Alerta” foi realizado pela Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), o Sinditêxtil-SP (Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo, o Sindivestuário (Sindicato da Indústria do Vestuário), a Conaccovest (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados), o Sietex (Sindicato da Indústria de Especialidades Têxteis do Estado de São Paulo), a CSMAT (Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios Têxteis) e a Força Sindical.
O evento chinês promete facilitar a importação de produtos têxteis, com o slogan “descubra o caminho das importações dos grandes varejistas”.
A ideia da manifestação é chamar a atenção da sociedade e do governo a respeito do aumento indiscriminado das importações, vindas principalmente da China e da Índia, e o aumento no número de demissões do setor têxtil e de confecção do Brasil, em virtude do fechamento de fábricas. Segundo o IBGE, já são 55 mil trabalhadores que perderam seus empregos desde o início do ano.
“Estamos nesse ato em legítima da indústria brasileira. Reivindicamos a isonomia concorrencial e combateremos as importações desleais”, declarou o diretor-Superintendente da Abit, Fernando Pimentel. “Queremos mais empregos, mais empresários investindo”, completou.
"A concorrência desleal dos asiáticos que praticam dumping cambial, ambiental e trabalhista, produzindo a custo de vidas humanas, como foi em Bangladesh, tem sido aceita passivamente pela sociedade e pelo governo. Precisamos valorizar o produto nacional, o emprego nacional”, reforça Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditêxtil-SP.
“Lutamos pela preservação dos postos de trabalho aqui no Brasil. Os governantes têm que defender a indústria nacional”, enfatiza Eunice Cabral, presidente da Conaccovest. Ronald Masijah, presidente do Sindivestuário, reforçou a importância do setor. “O governo federal precisa reconhecer que somos importantes empregadores, principalmente de mão-de-obra feminina”, salientou. “As nossas empresas estão fechando e isso não pode continuar. Há alguns anos tínhamos uma balança comercial superavitária e devemos fechar o ano com déficit de US$ 6,4 bilhões”, alerta Paulo Schoueri, presidente do Sietex. “Está havendo uma invasão desenfreada dos produtos estrangeiros no País, que afeta nossas indústrias, nossos empregos”, acrescentou Danilo Pereira, presidente da Força Sindical (SP).
O Deputado Estadual Chico Sardelli (PV), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Têxtil e de Confecção do Estado de São Paulo, também compareceu ao evento. “O crescimento do mercado chinês não pode se dar à custa da perda do emprego do trabalhador brasileiro. Temos que dar um basta nisso!”, afirmou o parlamentar.
Do: Jornal Agreste Notícia
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