O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Joaquim Barbosa, escolheu estrategicamente o dia 15 de novembro, quando se comemora a Proclamação da República, para pedir a prisão de petistas como o ex-ministro José Dirceu e o deputado federal José Genoino.
Apesar da “satanização” desses personagens, ao longo dos últimos oito anos, as prisões não tiveram apoio unânime no Brasil e algumas ações vieram à tona em solidariedade aos condenados.
Um “abraço-assinado” em defesa de Genoino foi liderado por intelectuais e companheiros do antigo militante político.
“Nós estamos aqui!
Somos um grupo grande de brasileiros iguais a você,
que deseja um país melhor.
Estamos aqui para dizer em alto e bom som que José Genoino
é um homem honesto, digno, no qual confiamos.
Estamos aqui porque José Genoino traduz a história de toda
uma geração que ousa sonhar com liberdade, justiça e pão.
Estamos aqui, mostrando nossa cara, porque nos orgulhamos de
pessoas como ele, que dedicam sua vida para construir a democracia.
Genoino personifica um sonho. O sonho de que um dia teremos uma
sociedade em que haja fraternidade e todos sejam, de fato, iguais perante a lei.”O texto acima, do abraço-assinado, já recebeu cerca de 11 mil assinaturas, incluindo personalidades como Antônio Cândido, Chico Buarque, Marilena Chauí, Franklin Martins, Nelson Jobim, Antonio Candido, Luiz Marinho, Frei Chico, Paulo Vannuchi, Fernando Morais, Marta Suplicy, Eduardo Suplicy e Rui Falcão
Outro fato marcante envolvendo a prisão dos petistas foi que na apresentação do Jornal Nacional de ontem à noite os jornalistas Heraldo Pereira e Alexandre Garcia deram a notícia sob os gritos de manifestantes. "A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura", ecoaram os participantes do protesto fazendo o refrão ser ouvido por milhões de brasileiros em horário nobre.
O colunista Merval Pereira, do jornal O Globo, crítico do PT e defensor da prisão dos envolvidos no mensalão, escreveu no tradicional jornal carioca, que se o ministro Joaquim Barbosa se aposentar do Supremo para se candidatar a algum cargo público vai “desmoralizar” o julgamento feito pelo STF.
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